quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

.............Caos, confusão. Uma dor terrível me assola, sinto como se estivesse sendo dilacerado. Não uma dor física, nem poderia, não sinto o meu corpo. Mas uma dor psíquica, na mente, meus pensamentos e lembranças parecem estar sendo tirados de mim, sinto como se não houvesse nada mais.

Vácuo, vazio, é apenas isso que está presente aqui, neste espaço branco, branco, para qualquer lugar que se olha é apenas isso que se vê, um branco sem dimensão e infinito em sua pureza. Estranho, já não sinto mais a dor, mas a confusão ainda está me afligindo. Imagens randômicas aparecem, lembranças e pensamentos de alguém que não conheço, estranhos, fatos que tenho certeza de não ter vivido. Como posso ter certeza de algo? Nem ao menos sei quem sou, NÃO SEI QUEM SOU. Estou perdido. Perdido, sozinho e desesperado, a angustia faz com que eu me sinta mais físico, mais conectado, e menos astral. O espaço começa a tomar forma, a ficar mais concreto, já posso sentir o frio, frio que queima, dor física.

Não sei o que fazer, queria apenas... Apenas sumir, morrer, inexistir, tanto para os outros como para mim. Já é possível visualizar uma porta, em todo o branco uma porta toma forma, tento me mecher, levantar, se é que estou deitado, mas não consigo, é impossível. Estou preso ao meu desespero, à minha vergonha, ao meu medo. Medo que não me deixa sair, me libertar. Mas o destino conspira ao meu favor, a porta começa a se abrir, lentamente, mas a se abrir. Já posso sentir meu coração pulsando, a respiração acelerada. A porta se abre quase que por inteiro, mas ao invés de entrar luz, a sala se preenche de escuridão, escuridão que mesmo contra todas as tentativas do meu inconsciente me faz começar a voltar...

Um comentário:

Lucas disse...

Li antes (h), desculpem-me ;D